UM CANTO PARA SR. ATOTÔ

02/11/2013 15:07

 

 

Por Alanna Souto

 

As estações se esgotam em transições cíclicas.

A árvore mãe se solidifica na terra

Em gigantes raízes coloridas frutifica

Gera, esgota e equilibra.

Abençoa sua face viva, Sr.  da vida.

Força estática que movimenta

E que conduz suavemente

O transmute de dor e lágrimas,

Sob o calor do Astro-Rei

Omulú, Sr. Atotô !

Cura a ferida, cicatriza...

Desfaz os nós,

Paralisa as almas empedernidas

Em suas asas de palha

Guarda o embrião,

No silêncio da recriação

Na trilha dos antepassados

Harmoniza todos os leitos, imperfeitos

E na virada de sua linha,

No caminhar do vale, da sombra e da morte.

É quando assopra Iansã de Balé

E nos guia a ventania

Para os abraços do inesgotável

Amplifica o corte da foice

Abençoando cada regeneração

Por Ele, o dono da transformação

O início, o fim e o [re] começo.

Obaluaê, o Rei, ajuberú!       

 

 

 

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