O VEGANISMO E O TOTALITARISMO- EM TEMPOS SURREAIS
Por Alanna Souto
O que vou contar aqui é baseado em fatos [su]-reais, talvez Dalí tenha pintado um quadro ou mesmo Luiz Buñuel tenha produzido um media-metragem sobre a controversa questão, dizem até que Un chien andaluz foi inspirado nessa inquirição. Imaginem Dalí e Buñuel em Paris filmando enlouquecidos a famosa cena da navalha cortando um globo ocular humano justamente para ilustrar o caos da sociedade impactada pelos primeiros movimentos totalitários europeus pós primeira guerra mundial, para além das figurações de suas mentes. Ao passo que um cão vale mais que um ser humano? Dois pesos, duas medidas? Vale na medida em que um tipo ideologicamente moldado de ser humano em seus instintos e uivos desvairados por verdades e padrões absolutos.
O que é mais criminoso a violência simbólica ou a física? Ou a psicológica? Qual dói mais? Qual o mais traumático? O que é mais revoltante um pedaço de carne bovina bem passada ao molho madeira ou a perseguição unilateral de todos aqueles que discordem de suas pregações?
Nas tribunas adequadas, há um princípio que perpassa todos os espaços jurídicos, o direito a vida em todos esses aspectos e espécimes, do simbólico ao biológico. Questões a refletir e que nos servem para nos prevenir da banalidade do mal que bem destrinchou Hannah Arendt e nos limpar das fourmis dans les paumes [como “tridimensionalmente” nos mostrou Dalí e Buñuel], isto é, o desejo de matar, seja de que forma for o extermínio do outro, independente do espécime. Contudo uma enorme diferença, além de neurológica, é a cármica a pesar para espécime humana dotada de poder de raciocínio, além dos instintos, apesar de alguns momentos muitos não fazerem uso e se deixarem cegar por uma fé unilateral e homogeneizante em nome de D`us , de uma ideologia , da família, de uma religião, de uma cultura, da ciência ou até mesmo do “amor” , o que é mais complicado, demagógico e perigoso. Em nome de muitas coisas no geral no campo das conveniências, histórias são deturpadas, inventadas, escamoteadas, seres humanos alijados, massacrados sem direito a voz e defesa juntamente com rosbife ou da feijoada vegana que se come diariamente.
Bom, mas isso é apenas um olhar surreal [?] sobre esses emaranhados de vidas que arte re-significa.
O certo que corre a boca graúda dos fidalgos da história que devemos ter cuidado com um determinado tipo de vegano, dentre todas essas tipologias veganas que subsistem democraticamente desde inícios dos tempos, as quais se diga de passagem, vem contribuindo com debates flexíveis e re-direcionando para um novo olhar sobre alimentação, ambiente e comunidade, há, todavia, um tipo de veganismo anti-democrático perniciosíssimo oriundo dos tempos de entre guerras do primeiro quartel do século passado justamente nessa época de ouro das expressões surrealistas há um cenário bizarro que se sucede “coincidentemente” nas principais nações desses bravos artistas eloqüentes e de mentes “naturalmente” expandidas que é a propagação de um movimento que vai na contramão da proposta libertadora surreal o qual ficou conhecido como totalitarismo, o nome já diz por si só, o extremismo do autoritarismo e do mal.
O líder de ponta desse movimento totalitário foi Hitler, pai do nazismo e primeiro vegano totalitário da história, dizem que ele inicialmente aderiu à alimentação vegetariana para se livrar da flatulência que o atingiu quando assumiu a direção do partido nacional socialista alemão dos trabalhadores, talvez o estresse político tenha contribuindo para tal desarranjo intestinal, a situação era embaraçosa, expelia gases altamente fedorentos e insuportáveis até para sua fiel companheira Eva Braun, o odor era tão forte e repugnante que foi submetido a análises laboratoriais e alguns cientistas do regime nazista detectaram certa substância venenosa que poderia ser letal até mesmo para a sobrevivência do próprio paciente, antes da submissão definitiva de uma dieta vegana para curá-lo desse embaraço, coletaram com a devida ordem do fuhrer , uma quantidade grande de seus gases estomacais e misturaram com o cianeto de hidrogênio que foi usado nas câmaras de gás dos campos de concentração para executar tudo aquilo que consideravam imprestáveis [ judeus, homofetivos, negros, idosos, crianças, dentre tantos os outros “diferentes”] antes e durante a segunda guerra mundial, a chamada arquitetura da destruição originou-se do flato de Adolf Hitler, pasmem!
A partir daí o cardápio vegano passou a ser inserido no planejamento da educação alimentar da nação alemã, palestras veganas, cartilhas, proselitismo e propaganda, comandado pelo seu chefe de marketing, Joseph Goebbels, seria posto em prática após a guerra. Óbvio, o questionamento e debates não estavam em pauta, afinal a verdade única e absoluta do terceiro reich e de sua igreja nazista jamais poderia ser posta em cheque. Por sorte a segunda guerra mundial terminou com a derrota alemã e tal projeto vegano não foi enfiado a guela abaixo da população germânica, apesar da aparência democrática bem trabalhada pela sua cúpula, abafando casos polêmicos, inventando estórias e difamando todos aqueles ex-membros e não membro do seu clã que ousassem ameaçar seu império de barro maquiavelicamente bem aparelhado por forças celestiais “numa aura de impenetrável de mistério correspondente a sua preponderância inatingível”, articulado meticulosamente em sua rede de intrigas e movimentação pessoal mais do que política, já me lembra Arendt.
Assim como me chamou atenção Dalí e Buñuel em sua caótica fragmentação alinear dos instintos humanos degenerando a si mesmo, a lei de causa e efeito não vacilou com o pai do veganismo totalitário, nazista e flatulento, já que como bem reza o ditado tudo que é podre que se quebre, no fim deste conflito mundial, suicidou-se com um tiro na têmpora, muito justo, já que castrou e adoeceu o pensar de toda uma nação, além da sua influência doentia a outros países. Não obstante sua companheira e já esposa oficial ,pois resolveram se casar antes de morrer, Eva Braun, ela diferente dele optou em tomar uma capsula de cianeto misturada com a substância venenosa dos gases de seu marido, ambos faleceram em menos de 40 horas depois do matrimônio. Assim seguindo até o último suspiro os fins justificam os meios .
Finalizo essa crônica com uma informação muito importante e surreal, corre a boca graúda de alguns kardecistas que a alma de Hitler é tão grande e maligna que foi difícil para muitos doutores do astral doutriná-lo em um novo caminho, parece que foi dado uma segunda chance para um ajuste de conta com a humanidade por meio da lei da reencarnação, o maquiavélico Hitler reencarnou em cada sacerdote, líder religioso que cumprisse importantes missões espirituais na terra pela paz e libertação, assim surgiram os primeiros movimentos de mátires e fanáticos religiosos de 1945 até os dias de hoje, incluindo sua versão vegana.
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Veganismo para si
O Veganismo é sim uma atitude que deve ser muito respeitada, afinal, são poucas as pessoas que se sensibilizam com o sofrimento que muitos animais passam. Mas os veganos fazem isso por que? Ou pra quem? Cada vez mais é comum ver veganos dando verdadeiras lições de “moralidade” em pessoas que por motivos seus, ainda não aderiram à um cardápio de acordo com o bem-dito movimento. Não quero aqui dizer que a exposição de ideias que façam as pessoas re-pensarem sua educação alimentar seja ruim, mas existe uma grande diferença entre o proporcionar as pessoas a pensarem em uma ideia de re-educação alimentar e impor isto como a única maneira de você ser melhor do que outros...Veja que quando se tenta impor as pessoas que o “certo” é ser de maneira X e não Y, na verdade você acaba por transparecer atribuir a si, uma “moralidade” elevada, a qual todas as outras pessoas deveriam seguir...E isto acaba por muitas vezes parecer que você não faz isso por você, ou pelo motivo que à meu ver deveria ser o central, que é os animais, mas sim como uma maneira de se considerar “moralmente” mais correto...
Esta imposição que chega a ser extremista em muitos casos, faz com que a corrente vegana seja de certa forma banalizada, já que as pessoas tem uma ideia homogênea do veganismo, mas este existe com muitas particularidades. Sim o veganismo deveria ser banalizado, mas não o veganismo dentro de uma ideia homogênea, e sim, algumas particularidades veganas, como por exemplo a que impõe de tal forma suas concepções que acabam por se tornar um mal, sim um mal, pensemos que qualquer tipo de imposição que chega a ser autoritária deve ser vista, se não como má, mas com muito cuidado...
Talvez nosso fuhrer tenha deixado uma certa herança maldita, sim Hitler e sua doutrina autoritária e doentia, mas a herança que falo esta dentro de todos nós, mas que alguns veganos, parecem se incomodar mais com esta Flatulência que nos atinge...bem, pior do que ser comparado a Hitler, é ter gases fedorentos que nem os dele, se bem que não se sabe o que mais fedeu se foi seus gases ou ele mesmo...
Mas por isso também, certos veganos devem tomar cuidado, para não exalarem odor parecido com o do fuhrer. Estes deveriam sim proporcionar o re-pensar uma educação alimentar, sem impor, fazendo algo para si, e não para os outros, afinal, de que adiantaria tentarmos ser melhor “moralmente” do que os outros...aqui dou a palavra ao GRANDIOSO Nietzsche, que nos diz: “Quer considere os homens com um olhar benevolente ou malevolente, vejo-os todos, e cada um em particular, fazer a mesma coisa: a saber, o que é útil para a sobrevivência da espécie”.
Se considerar “moralmente” mais correto não caberia aqui, já que no fundo, buscamos o mesmo objetivo, aqui a ideia de homogeneidade caberia, somos todos movidos por nossas vidas, e faríamos de tudo para preserva-la...conclui Nietzsche: “ Ora, não é por amor a essa espécie que agem assim, mas simplesmente porque não há neles nada mais antigo, nada mais forte, mais inexorável, mais invencível que esse instinto – porque esse instinto é precisamente a essência de nossa espécie e de nosso rebanho”...
Faça o veganismo para si, e não para os outros. Faça sim, com que as pessoas re-pensem, mas não se deixe cair no abismo da imposição afinal já dizia Nietzsche: “se olhar muito tempo para o abismo, o abismo te encara de volta”...
V.H.