A CABEÇA MATRILINEAR DE MUTUACÁ- VOVÓ DUVALINA

03/01/2021 09:52

 

Por Alanna Souto

Hoje acordei e me vi do alto de uma árvore.

Era a maestria indígena, o grande ancestral.

E conhecia a vovó.

Não Era Edsons, nem Alines, Nem Patrícias, Nem alfredos, 

Nem Natos Naldinhos, nem Lu Nicetes.

Estava com seus longos cabelos grisalhos e olhos que marejavam saudades. 

Ocultava a ancestral imersa nos rios das memórias.

Não era filme norte-americana com atrizes brancas fazendo nativos na missa de ação de graças.

No alto da grande mãe Terra.

E a maestria originária olhava para baixo e estava muito séria.

Havia uma certa tristeza no olhar.

Era aquel@ cacique via tudo.

Não podia fazer nada, além de usar a unidade daquele ensaio

E reescrever junto com aquela mestiza indígena 

Uma 'nova' cartografia histórica.

Eram dias de territórios cristãos.

As Ikamiabas em etnogênesis ribeirinhas emergiram na América do Sul,

Todavia, era com os olhos "cacique" da velha índia disciplinada que voavam.

E conseguia se transportar para outras vidas. 

Não havia corpo descolado da cabeça.

E sua melhor amiga era aquela rosa anciã preta que já não lhe acompanhava

Sem despedidas.

E outras novas antigas se faziam companhia.

Das encruzilhadas das territorialidades caboclas ribeirihas e suas etnicidades imersas.

E somente umas pobres caboclas ribeirinhas que conseguiam ver tudo que eu enxergava.

Andando pelo passado é que se consegue enxergar o futuro.

No presente.