A UMBANDA, OS GUIAS E A HUMANIDADE

09/09/2012 17:24

Umbanda, religião universalista e milenar, tem seu trabalho pautado no princípio do amor e da caridade.

 

Os trabalhadores espirituais da umbanda, pretos velhos, caboclos e os erês, são como se fosse nossos cães guias, guiando ‘cegos’ num mundo ilusório, onde há mais escuridão sendo alimentada do que luz. Esses mesmos trabalhadores que também estão em estado de evolução, diga-se de passagem, outro tipo de evolução, bem diferente da nossa, pois eles, os guias, atravessam com facilidade os portais, transitam entre os reinos, além de muito deles serem oriundo desses reinos. Ou seja, conhecem o caminho de volta[ver artigo Umbanda] de ‘olhos fechados’. E mesmo sendo nossos mestres leais, ajudando, inclusive, no ancoramento da terra, apontando-nos advertências e nos dando misericórdia, respeitam, sobretudo, nosso livre-arbítrio.

 

Cada uma dessas linhas com suas respectivas hierarquias possuem formas de manifestar e se comunicar, os pretos velhos com seu jeito manso, faceiros;os caboclos e caboclas com sua vitalidade e desprendimento, bravos guerreiros e guerreiras; os erês com sua pureza e espontaneidade do arquétipo da criança; trabalhadores incansáveis e ajudam a todos, independente, de raça, crença ou descrença, rico ou pobre e opção sexual, todos com muito amor serão atendidos e orientados. Não fazem julgamentos de nossas identidades e escolhas, pois o que é mais importante para esses mestres é o resgate de nossa verdadeira essência, o nosso despertar.

 

Vivemos num mundo de ilusões, como já nos revelou mãe Ita, tudo que enxergamos, tocamos e sentimos não passa de uma falsa construção. Repito a informação de nossa mestra: na verdade vivemos numa “caixinha” e essa “caixinha” nada mais é que uma cópia distorcida do “mundo real”, uma espécie de holograma ao contrário, de baixa densidade, o qual fomos despejados em função de nossa queda há 100 mil anos antes de Cristo Jesus. Assim o sol, a lua, as estrelas e tudo aquilo que visualizamos do “universo”, é falso... Esse “cosmo” que enxergamos foi construído para dar conta de nós, numa espécie de adaptação de nosso estado de queda e caos, um universo finito e ilusório.

 

Essa ‘matrix’, portanto, que foi programada para nos ajudar evoluir vai refletir nossos carmas e darmas, [dívidas e saldos] de vidas passadas, alguns poucos nascem afortunados materialmente, outros e muitos outros, a grande maioria ainda nasce sob o signo da pobreza material, da fome, da miséria... Certamente, meus irmãos, esses poucos que nascem com muito papel, afinal o que é dinheiro, se não uma reles cédula de papel? Essa minoria, que chamamos de elites, nascem sob o signo da fartura com o grande desafio de dividir com os irmãos desafortunados, expropriados de qualquer acesso material, adultos, idosos, jovens e crianças abandonados, sem esperança... Infelizmente, ainda são pouquíssimos os que dão ao menos um prato comida.

 

Vivemos numa caixinha tão ilusória onde a matéria, um ouro de papel é a mola que movimento o mundo, fruto das artimanhas das trevas, que encontram dentro do homem o adubo necessário para alimentar sementes perniciosas resultante de vícios morais humanos, o egoísmo, a vaidade, o orgulho, recalques, doenças de alma... Prato cheio para os ‘tinhosos’ obsessores.

 

O que fazer então para não se deixar levar pelo desespero da matéria, do desequilíbrio emocional ou familiar?! Devemos sim, além de lutar pelos reajustes dessas questões no mundo terreno, antes de tudo entrar em sintonia com aquilo que é mais verdadeiro, o ‘Divino e Maravilhoso’, ativar a partícula divina que há dentro de cada um de nós, fortalecer a fé e perseverar mediante o sagrado, fazendo limpeza, curas físicas e espirituais, alimentar os Orixás, os guias por meio de seus fundamentos, oferendas e obrigações...ou mesmo acedendo diariamente uma vela, orar por meio dos pontos cantados que são verdadeiros mantras de nossos guias,pedindo ajuda, luz e proteção, sem dúvida alguma os céus se movimentarão para fazer assistir, atender todos aqueles que estão lhe rogando a boa ajuda...a misericórdia divina.

 

Sabemos que os vencimentos das contas a pagar não esperam, a fome e a dor da criança abandonada são arrebatadoras... mas a esperança, a VERDADEIRA ESPERANÇA, que podemos alcançar por meio da luz divina,dela transformar e subverter nossas realidades,criando novas perspectivas e nos fazendo melhorar enquanto ser humano, só iremos conseguir fazendo nosso resgate interno, na luta diária do trabalho, cura e libertação.Vamos botar o salva vidas em nós e sempre que possível levar a palavra de fé e libertadora para aqueles que se quer tem uma boia para navegar nos rios turvos da vida.

 

A umbanda é uma só e genuína. Não se vende, não sacrifica vidas de forma alguma, cultua os seres vivos, pois é a MÃE NATUREZA em expressão...antes de tudo liberta a vida dos véus da Ilusão.

 

Saravá!

 

Alanna Souto.

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