"A TRÍADE DA UMBANDA"
Antes de refletirmos sobre a tríade da umbanda é necessário compreendermos os seus e os nossos regedores, os orixás.
Os orixás, segundo nos informa mãe Ita, esse conhecimento milenar chegou em terras brasileiras, “da Atlândida ao Egito, do Egito para as nações diversas africanas e dessas para o Brasil” por meio das linhas das almas pertencente a tríade da umbanda que são os nossos amados e sábios Pretos velhos.
Mãe Ita assim, mais uma vez, ajuda-nos no entendimento e nos pontua o conceito de Orixá, é antes de tudo uma evolução de vida que não pertence á nossa, uma realidade que transcende as nossas concepções mais profundas. Então vamos dizer o seguinte, Orixás são emanações de vida de Nosso Deus Pai Criador, não pertencem ao reino humano, atuam em todo o universo e são CO-CRIADORES, construtores das formas de vida e sustentadores delas.
Em nosso planeta os ORIXÁS estão incorporados em todos os elementos da natureza e suas expressões: Terra, água, fogo, ar, éter... Dentre outros elementos que se quer conhecemos. Dessa forma cada pedra, folha, árvore, orvalho, grão de areia, mares, atmosfera, animais, elementais e outras evoluções que desconhecemos e finalmente o homem, é regido por um Orixá. A Umbanda não inventou Orixá, nem os Africanos na época da escravidão do Brasil; nem a África, nem os egípcios antigo e nem mesmo os velhos atlantianos. É realidade pura e cristalina. Devemos ter clareza que Orixá não é energia, é um ente inteligente e com sua individualidade, antes manipula as energias. É também importante, entendermos que Orixá é uma imensa cadeia hierárquica, desde o Orixá REI, Oxalá, O CRIADOR; perpassando, por Ogum regedor da Ordem; Xangô regedor da justiça divina e dos carmas; Oxossi, o caçados de almas, Obaluaê, regedor das almas, da cura e transformação; chegando até ás Yabas, orixás da polaridade feminina.
Introduzida a questão, vamos falar, mesmo que rapidamente, da tríade da Umbanda que trabalha sob o comando dos Orixás, nossos co-criadores e amparadores.
A tríade da Umbanda é firmada em três grandes linhas da lei divina em ação : os pretos velhos, caboclos e os erês.Vamos começar pela base do triângulo.
Os erês ou Yori (Crianças)
A maioria das entidades que se apresentam na Umbanda usando a roupagem de crianças são seres espirituais “Mestres no conceito do BEM e do PURO”, oriundos de pátrias siderais, embora alguns tenham encarnado no início dos tempos do planeta Terra, no seio da poderosíssima “Raça Vermelha”. Esses espíritos muito contribuem para a elevação moral da humanidade e na Umbanda nos ensina que a única forma de se levar ‘vantagem’ é sendo PURO, como é a CRIANÇA. São verdadeiros magos da pureza, conquistando-a a milhares de anos em vários lócus do Universo.
Essas entidades espirituais, infelizmente, são pouco conhecidas pela maior parte, inclusive, dos Filhos de Fé, que só querem vê-las como crianças peraltas ou insubmissas. O trabalho dessas entidades é incansável, tendo energias inesgotáveis como uma criança e sabedoria a de um ancião, atuando por cima no Astral Superior, descendo vez por outra, quando encontram uma ressonância vibratória ambiental ou mediúnica. Assim atua na atualidade a possante Corrente da Ibeijada.
As balas, doces e guaraná que esses maravilhosos mestres da espiritualidade utilizam são apenas ferramentas de trabalho que são benzidos e vibrados para nossa proteção.
Os caboclos
A linha dos caboclos representa o raio da força, da vitalidade, do desprendimento, de tudo que é VIVO,expressões da MÃE NATUREZA.É importante dizer que nem todo caboclo foi índio, a lembrar da falanges do boaideiros, a exemplo, do caboclo Zé Raimundo ou a própria falange da encantaria,a citar a Cabocla Mariana e Jarina, que nunca tiveram vida terrena,são oriundas dos reinos, mas que se apresentam numa roupagem mais indígena, dependendo da linha em que se manifestam, assim por diante. Mais uma vez dependendo da linha ancestral em que ‘desce’, podem se manifestar alegres ou austeros, por meio de gritos ou posições de guerra, cânticos ou danças.
Os pretos velhos
São entidades ligadas ao raio da ancestralidade, espíritos que carregam a iniciação, portanto, absoluta mestria naquilo que é de mais antigo, diz Mãe Ita, ou seja, a ENERGIA DA CRIAÇÃO, que pertence a Oxalá (Cristo Cósmico), mas que quando chega ao Planeta Terra é matizado com a vibração do raio violeta, nas suas mais diversas matizes, ou seja, o domínio de Obaluê e Nanã Buruquê. Por ser representante daquilo que é mais antigo, que é o raio da criação, quando bate no Planeta, é chamado também de Raio da Ancestralidade, ou os Anciões dos Dias. Por isso o Governo Oculto do Mundo, trouxe o arquétipo do Velho.
Nem todo preto-velho é preto ou velho. A forma como eles incorporam, curvados, expressa a qualidade telúrico-aquática de Pai Obaluaiê e Nanã Buruquê, como já citamos acima. O peso que parecem carregar não é fruto do cansaço, da idade avançada ou velhice, mas a ação da qualidade estabilizadora terra, desse Orixá, diante da qual todos se curvam,aquietam-se e evoluem calmamente.
Nesse sentido, além da sapiência por meio do arquétipo ancião e da figura do negro representando a humildade de todos aqueles que se curvaram forçadamente diante da escravidão, mesmo aqueles que não viveram como escravos, mas ainda sim vem na roupagem do preto velho, quem sabe [?] em homenagem, em resistência e na quebra de paradigmas que se tem a respeito do “velho” e do “negro” numa sociedade, aonde os valores e regras são ditadas por uma elite obediente aos interesses eurocêntricos em sua raiz colonial e mais recentemente por valores do império norte-americano, povos colonizadores conhecidos por seus preconceitos étnicos e socioculturais, em especial entre negros e indígenas.
É dessa forma, assim, que as diversas de nossas entidades referidas “pretos velhos”, no grau de guias e protetores, usam a “roupagem fluídica” de um corpo astral negro, mesmo no citado plano astral e daí engajam-se a militar na corrente astral da Umbanda Sagrada.
E para finalizar, concernente à ritualística dos “pretos velhos”, bem como de outras entidades que se manifestam originalmente na umbanda é importante expressar que o tabaco, a pólvora, as velas, incensos, charutos, as ervas e outros elementos que fazem parte dos fundamentos dessa liturgia religiosa, serve como um elo de comunicação e instrumentos indispensáveis para que esses trabalhadores da espiritualidade façam suas limpezas, curas espirituais e demandas.
Saravá a tríade da Umbanda da Sagrada.
Oni beijadas!
Okê, okê, aro!Caboclos!
Adorei as almas!
Alanna Souto